Não há quem me diga a mim onde nasceu o juízo, sei que há homens educados que tiveram muito estudo mas esses não sabem tudo, também vivem enganados, depois dos dias contados morrem quando a morte vem, há muito que se entretêm a ler um bom dicionário mas tudo o que é necessário calculo que ninguém tem, ao primeiro homem sabido quem, foi que lhe deu lições para ter habilitações e assim ser instruído quem não estiver convencido concorde com este aviso, eu nunca desvalorizo aquele que saber não tem porque não nasceu ninguém com tudo quanto é preciso.
(palmas)
Boa noite a todos o grupo castanho elegeu o poema de Carlos Castro, porque ele reflecte a liberdade de expressão que são valores que nós defendemos acima de tudo .
Grupo Castanho :’’ Medo ancestral ‘’
Há que perder o medo e combater, de peito feito e cabeça erguida, todo e qualquer despótico poder que nos pretenda controlar a vida, há que perder o medo de falar, que vem de muito longe das raízes, desde de que o humano ser sem protestar se sujeitou a alheias directrizes, há que perder o medo de sair à rua , e proclamar sem desistir os ideais que estão na nossa mente, há que perder o medo de supor que carecemos todos de valor como que nem sequer fossemos gente , obrigado .
(palmas)
Fausto Pinto de Matos
Minhas Srs. e meus Srs. Boa noite permitam que vos fale hoje de um exemplo, ele é licenciado em medicina, distinto e premiado investigador e como já isso não fosse suficiente é também um distinto e com sucesso empresário, decidiu arriscar e ir mais longe fundou com 75 mil € a empresa que hoje o faz conhecido, na altura médicos na internet, se a memória não me falha, e hoje conhecida pelo seu homónimo Alert Software que os tornou famosos.
Actualmente espera alcançar 70 milhões de facturação no ano de 2010, é para todos um exemplo, é para todos alguém que devemos seguir, enquanto jovens que procuram exemplos numa sociedade cada vez mais difícil. Resta-nos apenas erguer a taça em nome deste nosso grande convidado Dr. Jorge Guimarães e assim brindemos todos ao homem, ao empresário e ao exemplo que nós jovens devemos seguir e Portugal deverá tomar como referência.
Dep.Carlos Coelho
Sr. Dr. Jorge Guimarães, Sr. Secretário - geral do PSD, Sr. Presidente da JSD, Sr. Deputado José Matos Rosa, Sr. Presidente da Assembleia Municipal de Castelo de Vide, Sr. Director Adjunto da Universidade de Verão, Srs. Conselheiros Srs. Avaliadores, minhas senhoras e meus senhores, o Fausto teve ocasião de recordar um percurso de um homem notável, um homem que faz o doutoramento aos 30 anos, que tem todas as condições para fazer uma vida académica, e que decide enveredar numa área que domina mais, uma área da saúde, por uma experiência muito bem sucedida na área empresarial, numa empresa que dois terços da facturação são recursos encontrados fora do território nacional, menos de um terço são recursos obtidos através de facturação de serviços em Portugal o nosso convidado, Dr. Jorge Guimarães, tem como hobbie repousar, tem como comida preferível as sardinhas assadas com batatas cozidas e pimentos assados, o arroz de tomate com qualquer coisa e vinho da minha quinta, (da quinta dele) o animal preferido são muitos quase todos mas ratos só longe, todos os que andamos na política temos mais ou menos a mesma opinião (risos), o livro que nos sugere é ‘’The cool of the wild‘’ de Jack London,o filme que nos sugere é ‘’ The day after tomorow’’ e a qualidade que mais aprecia talvez seja a criatividade embora considere muito importante o gostar de estar com alguém que por sua vez advém talvez de um conjunto vasto de características.
Sr. Dr. Jorge Guimarães agradeço-lhe muito a vinda à Universidade de Verão e a minha pergunta de partida tem a haver com o seu percurso, um homem de ciência e um homem dos negócios muitas vezes em Portugal há o preconceito de que os cientistas não tocam em dinheiro, são pessoas de fora, olham a ciência numa abordagem pura e muitas vezes nas universidades portuguesas quanto mais pura e abstracta for a investigação e menos aplicada parece que mais séria é, o que é um preconceito terrível para a desejada maior proximidade entre a universidade e a indústria. O que é verdade é que a seguir faz uma empresa, uma empresa de sucesso, e quando nos queixamos do provincianismo muitas vezes a actividade empresarial em Portugal, uma empresa com sucesso lá fora, portanto tem essas duas características, é um homem da ciência e um homem dos negócios e portanto a minha pergunta de partida é esta: Considera-se mais um homem da ciência ou um homem dos negócios? Acha que de facto há alguma incompatibilidade nestas duas dimensões ou elas convergem para uma receita de sucesso? Minhas Senhoras e meus Senhores para responder às minhas perguntas e às vossas perguntas hoje na Universidade de Verão o Dr. Jorge Guimarães.
(palmas)
DoutorJorge Guimarães
Muito obrigado boa noite, uma boa pergunta mas um homem de ciência ou um empresário? Talvez mais um homem de ciência mas eu vou explicar que se calhar um homem de ciência também pode ser empresário. Eu espero que a minha apresentação faça sentido, espero não ser também às vezes um pouco polémico mas então aqui vai. O que eu pensei fazer foi depois de perguntar ao Dr. Miguel Relvas o que é que eu devia fazer mas o que é que se esperava da minha apresentação mas o Dr. Miguel Relvas como me conhece disse fale daquilo que sabe, eu acho que é mesmo assim eu tenho que falar daquilo que sei e aquilo que sei é o meu trajecto pessoal é a minha experiencia de vida. A minha vida começou com a minha licenciatura em medicina, fiz também investigação durante o curso mas o que vale a pena mesmo falar é da minha experiência de ciência a sério, a 100%, depois de terminado o internato jovem. Fui para os Estados Unidos em 93 e até 99 fui cientista a tempo inteiro e aquilo de que vos queria falar é acho que vale a pena entregarmo-nos. Vejo pelos jovens que estão aqui à mesa que vocês também se entregam a um projecto de crescimento em política se me permitem pôr as coisas nesses termos. Acho que vale a pena isso. É uma espécie de sacerdócio, uma dedicação assim como eu vejo que vocês também têm. Uma coisa que também é interessante na ciência e se calhar vocês também podem experimentar duma ou outra maneira na política é a sensação de criação, isto é a sensação de que estamos à beira de descobrir qualquer coisa e que vamos abrir uma perspectiva nova sobre as coisas, e essa é uma experiência inesquecível que quando a gente está mesmo à beira de uma descoberta e depois ela até se concretiza a sensação de que o nosso cérebro dilata, que estamos a viver qualquer coisa de única, isso também é uma coisa que eu gostava que vocês um dia pudessem experimentar. Gostava de vos falar do que é a experiencia de gerir um sonho. No meu trajecto nos Estados Unidos convivi muito até a um nível pessoal porque a minha ex-mulher era cantora, nós os dois tentámos fazer carreira ela na música (era soprano) eu era cientista e falámos um bocadinho do que é a gestão do sonho, porque nós todos aprendemos que devemos lutar pelo sonho até ao fim, que devemos dar tudo por tudo e não desistir e depois é a realidade disso, o financiamento disso, o dia – a - dia disso e também dizer-vos que há essa vertente de que a certa altura temos de gerir essa espectativa de termos de cair na real de alguma maneira. Cada um de vocês se calhar também terá de encontrar um momento na vida em que terá que decidir como fazer as coisas nesse entroncamento que é vou em frente ou repenso as coisas e tomo outro caminho. Outra coisa de que vos queria falar é nesse percurso que foi intenso da carreira de cientista a certa altura achei que poderia fazer um plano. Nesse processo de gestão o meu plano era a certa altura (porque achei que não podia ser Nobel da medicina, porque era isso que eu queria ser, houve quem achasse que desisti muito cedo), ser professor na Universidade da Califórnia. Preparei-me para isso e fiz os exames da especialidade de oncologia nos Estados Unidos. Estava numa outra Universidade e pensei, vou para Standford, Standford é importante e vou-me tornar oncologista e isso não resultou nada bem. Para vos dizer que muitas vezes é preciso é seguir o vosso coração. Acho que há muitas coisas dentro de nós que a nossa consciência não consegue comportar e acho que vale a pena é seguirem o vosso coração mais que muitas vezes a vossa cabeça. Se para se vocês valer a pena ser político e fazerem alguma coisa nessa matéria vão em frente, vocês têm que pensar em certa altura no tal sonho americano se valeu a pena ou não mas sigam o vosso coração. Outra coisa que vos gostaríamos de mencionar nesse percurso é a questão do prémio. Curiosamente foi quando eu atingi o topo da carreira e ganhei um prémio que é conhecido em Portugal que é o prémio mundial de medicina que decidi deixar a carreira. Na altura até tinha conseguido o green card que é aquele requisito para ter permanência nos Estados Unidos e depois até tornar-me cidadão americano e decidi voltar a Portugal pegar naquele dinheiro e mudar de vida. Por isso às vezes é no topo que a gente sai. É no topo que a gente arranja a maneira de sair. É no topo que a gente decide que se calhar é tempo de repouso e por isso é que eu menciono ai no meu livro favorito ‘’The cool of the wild ‘’ de Jack London que é uma história de um cão do Alasca que era usado por pessoas para fazer travessias no Alasca e que é levado até ao extremo do cansaço físico e que depois um outro dono toma conta dele deixa-o durante 2 anos no alpendre lá da casa, ele ganha forças e depois até se acaba por tornar um cão selvagem, juntar-se aos lobos e viver uma vida selvagem. Acho que se calhar a minha vida há-de ter a ver com esse percurso do cão (risos). Outra coisa que vos queria falar é o meu percurso como empresário. É com esse prémio que eu comecei a Alert há 10 anos atrás em 99. A empresa de facto começou por se chamar Emi Médicos um pouco para cativar os colegas que tinha do curso da faculdade depois mudei-lhe o nome para Alert para a tornar mais internacional. Alert é hoje uma grande responsabilidade e o seu edifício que está ali junto à Ponte Arrábida quando chegam ao Porto. Não vou conseguir atingir este ano os 70 milhões de € estamos a atravessar o nosso momento mais difícil de sempre acho que vamos conseguir mas estamos a atravessar um momento que eu gostava que compreendessem na economia que é terrível. O que é que a gente faz na Alert? Fazemos software. O início deste projecto não era este o que a gente queria fazer era software online para cidadãos sobretudo dando aconselhamento médico online criando processos clínicos electrónicos. 10 anos mais tarde voltámos ao princípio desse projecto e só fomos por este caminho que no fundo foi o que criou uma empresa considerável porque percebemos que a informatização ainda não tinha acontecido nos hospitais e portanto criámos uma ferramenta que permite aos profissionais de saúde em tempo real documentar tudo em computador e partilhar esses dados com outros profissionais e além disso interligar-se o trabalho. Aplicação hoje até corre em ipad que é uma coisa muito em voga, foi algo que correu muito bem esta coisa do Alert, o Alert é um composto de software de conteúdos médicos, configurações para actividades profissionais e até conhecimento. Hoje em dia, o produto foi adoptado em 10 países. Temos um centro onde fazemos a monitorização remota de todos os nossos clientes do Alasca à Malásia e isto são só representações da Alert como aqui no Brasil. Temos projectos com 8 mil pontos de triagem, portanto 2 mil consultórios, 20 urgências de uma só entidade cerca de 50 centros de saúde, ou seja grandes números em Itália, Holanda, Estados Unidos, Inglaterra, etc., e hoje atingimos um pico em Julho de 2011 de 830 pessoas. O momento na economia é muito difícil e pela 1º vez na Alert até estamos a não renovar alguns contratos e é um bocado sobre isso que vos queria falar que é o momento difícil que é de ter de não renovar contractos a certas pessoas e a dificuldade que é comunicar isso à empresa durante o próximo ano. Vamos ter de descer para talvez cerca de 700 pessoas um pouco para passar este período. É a primeira vez que enfrento essa dificuldade, é sempre aumentar, aumentar, aumentar, e pela primeira vez ter de lidar com esse problema.
Hoje quando vocês acedem ao site Alert o que encontram é uma entidade que é muito complexa porque além de termos software para clínicos temos também software para cidadãos, interligamos os dois, temos software para estudantes de medicina etc.. Esta é uma imagem do processo clinico do cidadão, vocês hoje se quiserem tanto em Portugal ou em qualquer país, nós na Holanda já temos um milhão de cidadãos holandeses que vão usar este produto dentro dos próximos 2 anos, que organizam a sua própria saúde a partir de casa, e lançamos na faculdade de medicina um software que é único no mundo que organiza o conhecimento dos estudantes de medicina e que os permite estar constantemente online. Porque o momento na economia é difícil gostava só de vos sensibilizar de que o investimento em tecnologias é fundamental para o progresso do país. Este é um estudo publicado pela Universidade Técnica de Lisboa que demostra que, por exemplo, no hospital de Évora ao 3º ano do hospital de Évora, todos os anos recupera o seu investimento. Ao fim de 3 anos recupera o dinheiro que investiu. Portanto, sensibilizar-vos para isso: não é só cortar na despesa que trás benefício para o País. Muitas vezes é investindo, isto são só imagens que eu acho caricatas na nossa passagem pelo mundo e algumas situações em que nos encontramos a fazer demonstração. O terceiro aspecto que gostava de referir é a minha experiência como mortal. Antes de mais nada gostava de vos dizer que somo dos últimos mortais aqui nesta sala. É algo controverso mas é algo que nos próximos anos vamos assistir: um prolongamento significativo da vida. Mesmo os segredos que nos levam a poder clonar, que nos levam a poder fazer transplantes, são os mesmos que nos vão permitir desvendar a questão do limite temporal da nossa vida e acho que ainda em vida vamos assistir a um prolongamento significativo da vida e os nossos netos vão viver centenas de anos seguramente, e portanto desafiar-vos para pensarem nisso e as aplicações no futuro. Outro aspecto é o da obra, quer dizer uma pessoa como eu que teve uma preparação em medicina e ciência quando avançar para algo mais, ao construir a Alert no fundo o que aconteceu foi que assumimos um compromisso com sistemas de saúde mesmo. Por exemplo na Holanda estamos a informatizar hospitais do tamanho do hospital Stª Maria, do hospital de Sº João, portanto há muita expectativa em relação à Alert. O que é que quer que eu faça a seguir acho que vou ter de ter um pezinho na Alert e neste projecto porque é muito difícil eu de alguma maneira não responder totalmente às espectativas das pessoas. Mas aquilo que eu acho que tenho que fazer com o resto da minha vida é de alguma maneira volta á ciência sobretudo nesta questão do prolongamento da vida que eu acho que é das grandes questões que falta abordar. Vou ser um pouquinho polémico antes de terminar a minha apresentação e falar-vos da minha outra vertente. Antes disso convém dizer-vos que entrando consegui um sítio fantástico, gosto muito da vida como ela é e gosto muito de relaxar.O que é que eu vos dizia hoje escolham grandes propósitos na vida. Vocês estão numa fase em que podem fazer muitas coisas. Escolham um projecto grande, não escolham um projecto pequeno para a vossa vida, escolham um grande projecto ‘’aim high’’, ‘’aim high as you can’’ ,outra coisa que vos propunha era que pensemos em deixar de comer animais. Porque é que eu digo isto? Porque ainda agora comi perú mas estou a fazer um esforço por me tornar vegetariano. Acho que vale a pena pensarmos isto. As condições em que a gente cria os animais para conseguirmos comer os animais todos os dias, deixamos de os criar lá em casa junto ao nosso terreno, isto tornou-se numa coisa muito industrial e os direitos dos animais estão a ser completamente atropelados todos os dias. Outra coisa vindo do mundo da ciência e das coisas que mais pesou na minha decisão de deixar o mundo da ciência é a maneira como estamos a fazer experiencia em animais. Vocês não fazem ideia do que a gente faz aos animais. Eu fazia experiências com ratinhos, mas mesmo com ratinhos eu trabalhava com embriões de ratinhos, era das coisas mais difíceis para mim era de madrugada, eu tinha que apanhar o timing dos embriões numa certa fase, pegar nas ratinhas grávidas, abri-las, tirar-lhes os embriões, isto é só um exemplo, pois fazemos experiencias com macacos, com cães, fazemos experiencias com muitos animais para conseguirmos ter no fundo também vida que temos, mas acho que valia a pena repensar este aspecto. Um outro aspecto que eu acho que valeria a pena pensar é que não vale a pena fechar os olhos, que é a questão de equilibrarmos o mundo, quando eu vou ao Brasil eu preocupo-me sempre com a crise social, ouvimos agora as questões em Moçambique. Deixem-me dizer-vos acho que vale a pena tentar equilibrar o mundo acho que vale a pena tentar equilibrar de alguma maneira. Não nos ajuda ter os que estão muito bem e os que estão muito mal. De alguma maneira devemos fazer todo um esforço nesse sentido. No fundo é deixar-vos esta mensagem e no meu ponto de vista é fazer o bem, contribuir de alguma maneira para o privilégio de estarmos aqui. Obrigado.
(palmas)
Dep.Carlos Coelho
Srº Dr. Jorge Guimarães muito obrigado pelo seu testemunho e pela sinceridade com que o fez designadamente até face a uma conjuntura económica que é desagradável. Não me recordo de ser tão fácil encontrar um empresário que com tanta sinceridade nos coloca perante um momento que deve ser difícil para qualquer empresário que é ter que fazer despedimentos que a crise económica obriga. Mas se permita aliviar um bocadinho o registo, quero dizer que a parte da intervenção que eu mais gostei foi aquela em que sugeriu que deixássemos de comer animais, e eu como Coelho agradeço muito ....
(risos)
(palmas)
Dep.Carlos Coelho
Vamos para a primeira ronda de perguntas, pelo grupo bege Artur Miller, pelo grupo amarelo António Cardoso Pinto .
Artur Miler
Ora boa noite queria fazer uma saudação especial ao nosso convidado, ao Dr. Jorge Guimarães pelo percurso notável que tem. A minha questão e ouvindo todo o seu percurso que fez até agora na área de medicina, na área da ciência e agora empresário (quase 3 profissões),a minha pergunta vai mais no sentido como é que uma pessoa quando entra num curso que é o curso de medicina (pretendido por tantos alunos) resolve entrar na ciência e tecnologia? Nós hoje em dia no País, temos uma falta de médicos que assombra muitas populações, e tem-se muito falado em abrir o numero de vagas em medicina e sobre a medicina também ser leccionada em universidades privadas, não seria bom abrir mais cursos de medicina para poder possibilitar haver casos de sucesso como o do Sr. Dr. e haver também médicos para colmatar essa falta que existe na população? Obrigado.
António Cardoso Pinto
Boa noite, em 1º lugar gostaria de agradecer a presença do Dr. Jorge Guimarães aqui na nossa Universidade de Verão a minha questão prende-se com duas partes e a primeira é, de que forma com melhores e mais avançados programas informáticos de gestão clinica em saúde podemos no futuro contribuir para uma redução na despesa de saúde e por outro lado sendo ainda hoje Portugal um membro comunitário da União Europeia, a minha questão é será possível um programa europeu de partilha de informação médica para que a informação de um doente possa estar disponível em qualquer pais europeu no caso de viajar para um Pais por exemplo de férias e estando noutro país possa ter acesso a toda a sua informação dentro da União Europeia por exemplo? Obrigado.
(palmas)
DoutorJorge Guimarães
– Em relação à primeira pergunta, eu até aos 30 anos fui bolseiro. Para ser bolseiro é preciso trabalhar muito, e tentei sempre dar o meu máximo e fui bolseiro jovem investigador, bolseiro em doutoramento, bolseiro pós doutoramento e cansei-me um bocadinho dessa vida e um dia então disse a mim próprio que tinha que de alguma maneira criar a minha independência. Já tinha duas filhas tinha uma família e não podia estar á espera da próxima bolsa e dos próximo resultados para conseguir financiamento para continuar. Foi um bocado isso, uma decisão muito pragmática de me tornar independente, de tratar da minha vida. O meu pai ajudou-me durante o curso mas nunca me disse não te preocupes com o resto. Eu tive de organizar a minha vida. Muito pragmaticamente foi isso que aconteceu. E também me permitiu um certo momento de reflexão, porque foi uma vertigem até aos 30 anos, foi mesmo, em relação à informatização. Eu acho que se pode ser extremamente útil fazendo o que eu estou a fazer e outros médicos também. Acho que tem que haver sempre alguém que sai da caixa e consegue-se poupar muito, conseguem-se salvar muitas vidas, resolvem-se muitos problemas. Eu até acho que um dia este trabalho vai ser reconhecido ou será reconhecido sem dúvida. Acho que contribuí mais como empresário do que como investigador. Em relação à segunda questão, aí se calhar também o que a gente está a fazer, nós temos processos clínicos individuas temos também aquilo que eles chamam ''Help imformation exchange'', ou seja já é o eixo possível como no mundo da finança trocar informação entre hospitais. Nós montamos precisamente uma estrutura desse tipo que pode inclusivamente permitir que uma pessoa vá a Bruxelas e aceda à informação que recolheu no Hospital de Santa Maria e numa urgência que teve no hospital de Faro ou analises que fez em Portalegre. Isso hoje já é possível, e há umas normas Europeias internacionais para que isso aconteça. É importante é que a gente continue com isso e que não se pare com isso e com os investimentos nas tecnologias de informação na saúde.
(palmas)
Dep.Carlos Coelho
Segunda ronda de perguntas, pelo grupo rosa Tânia Silva pelo grupo verde Maria Isabel Capoulas .
Tânia Silva
Boa noite a todos, queremos dirigir um comprimento especial ao nosso convidado o Dr. Jorge Guimarães e a nossa pergunta é a seguinte, afirmou durante o seu discurso que possivelmente os nossos netos poderão viver centenas da anos. Esta possibilidade aumentaria o numero da população terrestre. Até que ponto este aumento de esperança de vida é compatível com a manutenção de qualidade da mesma?
Maria Isabel Capoulas
Boa noite a todos gostaria de saudar de uma forma muito especial o Dr. Jorge Guimarães não posso deixar de manifestar mais uma vez a nossa admiração pelo valor que o seu trabalho presta à humanidade, quer pelas investigações científicas que desenvolve, quer pela criação do mais sofisticado software dirigido para a saúde usado em vários países de forma a garantir um tratamento mais rápido, eficaz e seguro, Posto isto a pergunta do grupo verde é a seguinte: dada a dificuldade da população em ter rendimentos que sustentem o custo dos medicamentos para controlar ou tratar os problemas de saúde que tem, qual a sua opinião relativamente à prescrição por dci passo a explicar caso haja alguém que não sabe, a prescrição por dci é a prescrição denominação comum internacional ou seja é a prescrição por substância activa, muito obrigado.
(palmas)
DoutorJorge Guimarães
Em relação à primeira pergunta tem resposta muito difícil, eu acho que nos vamos deparar com uma crise internacional porque já temos um envelhecimento contínuo da população mesmo sem intervenção por terapêuticas Não sei como é que nós vamos no fundo conseguir prolongar a vida, se é por intervenção só com medicamentos, mas isso vai acontecer sem dúvida. O que é que vai acontecer? Vamos ter problemas de recursos sem duvida, vamos ter de começar a pensar em povoar a lua, vamos ter de começar a pensar isso tudo mas não tenho resposta para isso. Acho que vai ser um enorme desafio para este século e para o século seguinte sem dúvida, mas não tenho resposta. Agora que isso é inevitável é. Porque o mais difícil talvez já tenha sido feito: nós temos hoje a maior parte das técnicas que permitem manipular o genoma. Ainda há muito para fazer mas é uma questão de tempo. Nós já conseguimos prolongar a vida das minhocas e dos ratinhos, a vida das minhocas já as prolongamos para aí umas 4 vezes. Imaginem o que seria prolongar a vida dos humanos 4 vezes não é? Só ai já está 7x4 é 28,280 anos. É fácil ver que vai acontecer, agora respostas para isso são difíceis. Em relação ao custo dos medicamentos e os custos da saúde esta aí outro aspecto do custo de envelhecimento, eu acho que sim que talvez valha a pena em pensar fazer a prescrição dessa maneira ,depois podem-se criar outros vícios não na parte dos médicos mas na parte dos farmacêuticos ,mas acho que sim é algo que merece ser considerado obrigado.
(palmas)
Dep.Carlos Coelho
terceiro leque de perguntas do grupo azul Pedro Patoilo, do grupo laranja Jorge Manuel Oliveira .
Pedro Patoilo
Boa noite a todos, quero em1º lugar saudar o nosso convidado agradecer a sua presença e tambem agradecer o contributo decisivo que tem dado ao tecido empresarial Português, e passamos assim á pergunta do grupo azul: durante os anos passados nos EUA certamente viveu uma experiencia muito próxima com o sistema de saúde americano, aquilo que lhe perguntamos é que comparação faz entre o sistema de saúde americano e o português ,muito obrigado.
(palmas)
Jorge Manuel Oliveira
Muito boa noite em nome do grupo laranja gostaria de dar as boas vindas ao Dr. Jorge Guimarães à Universidade de Verão 2010, e gostaria de lhe dizer que ao ver a sua apresentação fiquei feliz mas preocupado porque disse algo com muita convicção e que falou ainda há pouco, que seremos os últimos mortais muito provavelmente. Isto significa que vai aumentar a esperança de vida, falou mesmo agora em 280 anos, são muitos anos de vida, isto deixa-me muito preocupado mas muito feliz, preocupado porque nós já temos um problema com a segurança social isto vai agravar significativamente esse problema, a questão era como se sente relativamente a isso e qual seria a sugestão que daria ao governo para solucionar esse problema. Já agora como falou sobre em sonho americano, também gostaria de saber qual era hoje o seu sonho americano e até onde gostaria de chegar já que falamos em tantos milhões de facturação, gostaria de saber até que país gostaria de ir e qual seria o seu limite digamos assim o seu sonho, obrigado.
DoutorJorge Guimarães
Vamos lá ver se eu consigo responder a todas as coisas que você me perguntou, a primeira pergunta era sobre sistema americano, eu gosto mais do sistema de saúde Português do que do sistema de saúde americano. Vou-lhe dizer porquê, Sou a favor de um Sistema Nacional de Saúde de fácil acesso a todos e na América isso não é garantido. Isso é um grande problema. Assisti a documentários na televisão em que aviões militares antigos dentro dos EUA vão com médicos e enfermeiros, pousam naquelas terrinhas no interior e é no avião que prestam cuidados de saúde às populações mais carenciadas como se estivéssemos em África. Há problemas brutais de desigualdade no acesso à saúde e acho isso revoltante. Há alguma resistência a que haja um sistema mais justo. Não tenho dúvidas nenhumas de termos um excelente Sistema Nacional de Saúde. Falta um pouco de visão mas temos dos melhores médicos do mundo, temos gente muito bem formada, os nosso médicos vão a qualquer lado e dão cartas, temos pessoa muito bem formadas em Portugal. Em relação ao problema do envelhecimento e da segurança social o sistema em si já é um desafio porque as populações estão cada vez a envelhecer mais depressa, as pessoas querem ter as suas regalias sociais e deixar de trabalhar mais cedo. Temos que cair na real, temos que revisitar o sistema e alocar os recursos de outra maneira. Pergunto-me qual é que era o meu sonho americano, o meu sonho americano é, através da Alert, financiar uma holding em que haja uma vertente informática e uma vertente em bio-tecnologia.
(palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado, quarto leque de perguntas do grupo castanho Pedro Santos ,do grupo encarnado Ricardo Lima.
Pedro Santos
muito boa noite a todos antes de mais gostaria em nome do grupo castanho saudar a mesa e de agradecer a presença do Dr. Jorge Guimarães, é de facto uma honra para nós tê-lo connosco. A investigação da área da saúde está muito dependente de investimentos de empresas farmacêuticas. Quais são os possíveis conflitos de interesse e de que modo podia o Estado potenciar a investigação nas faculdades portuguesas, muito obrigado.
(palmas)
Bruno da Silva
Muito boa noite como já repararam não sou propriamente a pessoa de qualidade que é o Ricardo Lima, vou fazer um brinde, vou perguntar à mesa da equipa verde e da equipa vermelha para se levantar não aos grupos mas às equipas como vocês repararam porque a equipa somos com os mesmos objectivos de ser alguém da vida ou de fazer algo o verde e o encarnado juntos neste jantar como república, como bandeira e não só com loucura mas sobretudo como amigos. Vocês já brindaram a outro amigo porque amigo é o nosso concelheiro o Jorge Varela perguntar se se podia levantar se faz favor, homem de qualidade, sério e talentoso acabo por dizer obrigado por aquilo que és e obrigado por esta semana das equipas verde e encarnada obrigado.
(palmas)
DoutorJorge Guimarães
Em relação à questão sobre a investigação nas universidades, o que eu sugeria era que se revisitasse a maneira como se financiam as universidades. Eu vou ser polémico mas eu acho que embora seja contra o sistema americano puro e duro de propinas e de grandes despesas e de endividamento para os estudantes eu acho que há algum mérito por isso, e revolta-me ver os estudantes universitários a chegarem de BMW à universidade e depois fazerem manifestações para não pagarem propinas. Se vocês forem a um campus americano os estudantes andam de autocarro ou de bicicleta ninguém anda de automóvel muito menos de BMW.
(palmas)
DoutorJorge Guimarães
Tenho uma pessoa na família que é director regional da EDP então faz uma série de visitas a lugares remotos. Ele de vez em quando utiliza helicópteros, então ele diz que sabe quando está numa universidade pelo parque automóvel. Acho que isso espelha bem o problema dos vícios que se criaram em relação ao ensino das universidades. Acho que devemos dar uma oportunidade a todos mas todos também têm que contribuir e em relação à própria docência também se criaram muitos vícios, porque o objectivo das universidades no meu ponto de vista deve ser ensinar e em segundo lugar investigar, e o que é que hoje se passa nas universidades? O foco está na prestação de serviços os universitários não tendo tido coragem para criarem empresas prestam serviços a partir da universidade dentro do guarda-chuva, onde não pagam luz, não pagam a água onde têm certas regalias. Competem deslealmente com as empresas. Isso é um enorme problema em Portugal. O meu maior obstáculo na Alert foi arrancar '' to get started '' foi tirar a empresa do chão e o meu maior obstáculo vinha das universidades e ainda hoje aquilo que mais me desgasta é ver pessoas sem visão como por exemplo darem oportunidade a projectos que não vão a lado nenhum. Eu acho que quem quiser prestar serviços tem que sair da universidade, tem que criar uma empresa. Sou completamente contra a prestação de serviços a partir da universidade. E sou a favor de que os estudantes têm que ter uma cota parte sem se endividarem como hoje acontece nos EUA. Vocês até devem saber que o Presidente Obama está a seguir esse assunto porque houve um boom nas universidades privadas e até em financiamentos federais das universidades privadas isso só se traduziu em endividamento dos alunos e as pessoas estão em situação cada vez mais difícil. Tendo dito isso acho que os alunos têm que colaborar, sei dizer pouco sobre financiamento das universidades sou muito crítico do trabalho que as universidade estão a fazer neste momento, acho que deve ser baseado em critérios objectivos de avaliação do trabalho que lá está a ser feito mas eu olhava para isso com alguma cautela. A maneira como estamos a financiar as nossas universidades, acho que muito da investigação pode ser feita nas empresas hoje já se fazem doutoramentos nas empresas também e acho que é por aí, colocar muito do esforço da investigação nas empresas no tecido empresarial obrigado.
(palmas)
Dep.Carlos Coelho
Dr. Jorge Guimarãestemos uma tradição na Universidade de Verão que é dar a última palavra ao nosso convidado, portanto eu não tornarei a usar da palavra e esta é a oportunidade para recordar duas coisas: primeiro para dizer-vos que há uma tradição na Universidade de Verão que é uma realização extra programa que é Grande Gala do Boneco que vai ocorrer ás 22:30 lá em baixo na sala de aulas e para vos recordar que amanhã ás 10:00 da manhã recomeçam os nossos trabalhos com o “Falar Claro” que é a aula da manhã e agradecendo ao Dr. Jorge Guimarães o facto de ter vindo até nós e de nos ter falado com muita franqueza, vou dar a palavra aos últimos perguntadores que serão do grupo cinzento Nuno Martins e do grupo roxo o Adolfo Manso e agradeço ao grupo roxo o convívio simpático que tivemos aqui na vossa mesa durante o jantar.
(palmas)
Nuno Martins
Boa noite a todos, caros membros da organização ,caro Dr. Jorge Guimarães, caros colegas ,o exemplo do Dr. Jorge Guimarãesé um contributo incomparável para o País é um lusitano que foi além fronteiras que atravessou o Atlântico e que encarnou o sonho americano de '' be all you can be''mas usando como armas (e felizmente para nós) as células cinzentas. Sendo uma pessoa que conseguiu superar o temível vale da morte, ou seja conseguiu introduzir no mercado um produto resultante dos processos de investigação e invenção é com certeza um exemplo valioso para o País. A estratégia de Lisboa não teve o efeito que nós desejávamos em tempos que eram menos adversos que os actuais. Actualmente vivemos numa época que é caracterizada pela austeridade, austeridade essa que é imposta numa altura em que as pessoas sentem mais necessidade em recorrer aos recursos financeiros do Estado social. Até que ponto será possível nós coordenarmos a visão estratégica a longo prazo que consiga fomentar certas politicas que apoiem inovação, investigação e o desenvolvimento, porque sem inovação e sem conhecimento não haverá crescimento, muito obrigado.
Adolfo Jácome Manso
Permitam-me em nome do grupo roxo saudar todos os presentes na Universidade e nesta mesa, em especial o Dr. Miguel Relvas Secretário Geral do PSD que veio juntar-se a nós e em especial também ao nosso ilustre convidado Dr. Jorge Guimarães, saúda-lo pessoalmente e com consentimento do grupo para fazer referência à minha terra, à sua terra, Viana do Castelo ...
(palmas)
Adolfo Jácome Manso
Nós como grupo anfitrião quisemos imaginar algo de diferente para lhe questionar, algo do género segredo ou quem sabe um sonho. Como achamos que sonho há muito tem, lutar contra o envelhecimento da população, porque é que é esse o seu sonho, permita-nos uma segunda questão: como cientista o que acha da eutanásia ,obrigado .
(palmas)
DoutorJorge Guimarães
Muito obrigado pelas vossas questões, em relação à inovação, eu acho que há pessoas muito mais capazes para criar políticas de inovação. Eu só vos digo uma coisa, no meu trajecto pessoal gostei mais de trabalhar numa empresa de biotecnologia do que trabalhar em Standford. Foi aí que eu fiz a minha cabeça em relação àquilo que deve ser uma empresa, e a Alert acho que é um grande laboratório que tem que ter um ''bottom line'' e é por isso que nós temos de tomar algumas medidas difíceis, e fui sempre também educado nesse sentido. Mas há uma coisa que valia a pena dizer-vos, eu cresci a ter que ajudar o meu pai ,eu estava no liceu e fui á faculdade mas a trabalhar no verão e acho que isso é muito importante.
(palmas)
DoutorJorge Guimarães
Acho que isso cria certos hábitos e cria uma mentalidade de empreendedorismo que não se aprende na escola. Na realidade abrir a fábrica, fechar a fábrica, fazer um negócio se ele é rentável ou não é. Acho que nós devemos incentivar isso. Aquela ideia de os alunos pagarem pelo menos uma pequena parte da propina incentivá-los a participarem no seu esforço, acho que é positivo. Nos EUA muitos estudantes trabalham nos restaurantes, nas bombas de gasolina, na biblioteca da faculdade etc. e acho que isso só faz bem às pessoas. Portanto em relação à inovação acho que tem que haver empreendedorismo no sentido de empreendedorismo e acho que a inovação tem que estar muito nas empresas. As empresas não podem estar à espera que sejam os universitários a criarem coisas e se nós olharmos o caso português também são os empresários, muitas vezes pequenos empresários que têm grandes ideias. Também no nosso País são os empresários muitas vezes a ter ideias inovadoras o que lhes falta talvez neste momento é uma educação a nível internacional. Temos que fazer aquilo que vocês estão a fazer que é licenciaturas para toda a gente, doutoramentos eu acho naturalmente que nós vamos subindo na nossa capacidade de inovar. Acho que também há pessoa muito mais capazes do que eu para sugerir políticas de inovação. Em relação ao envelhecimento porque lutar contra o envelhecimento? Eu não sei o que vocês acham mas eu adoro viver, adoro a vida, eu adorava estar vivo muito tempo e até estar vivo em múltiplos sítios ao mesmo tempo. Adoro a vida, agora não sei vocês já desistiram eu ainda não desisti....
(palmas)
DoutorJorge Guimarães
Em relação à eutanásia tendo dito isso sou 100% a favor. Acho que é de extrema hipocrisia dizer-se que se é contra. Há alguns perigos na eutanásia mas pensem um bocadinho, vocês vêem um filme americano em que o cavalo partiu a perna e a primeira coisa que o homem que tem a espingarda na mão faz é matá-lo. Porque não permitir que uma pessoa que quer morrer que está em extremo sofrimento também não possa terminar a sua vida? É uma contradição enorme. Isso pode criar às vezes pressões sociais sobre pessoas que estão em situações terminais e isso é mau mas eu sou a favor da eutanásia sem dúvida. Fugindo desse tema que é pesado gostava de vos agradecer a vinda aqui. Lembro-me de uma vez quando eu era jovem tive uma experiência nem sei agora o nome correcto mas era do movimento rotário. Foi em Vila Real eu era jovem, adorei essa experiência, nunca passei por uma experiencia política. O meu irmão o César Guimarães que vocês se calhar um dia também vão conhecer é muito mais virado para a política do que eu, mas acho que isto vos ajuda imenso. Estou muito impressionado com a organização do Dr. Carlos Coelho para este evento. Desejo-vos as maiores felicidades e façam alguma coisa com as vossas vidas, obrigado .
(palmas)
10.00 - Avaliação da UNIV 2010
12.00 - Sessão de Encerramento da UNIV
13.00 - Almoço com participantes de anteriores UNIVs