Numa Europa alargada como é possível continuar a garantir a Coesão Económica e Social, bem como a redução das assimetrias regionais entre os Estados-membros?
1- Como Presidente da Comissão Europeia, quais, do seu ponto de vista, as medidas e acções a tomar para que a República Portuguesa seja um poder decisor na Europa dita de União? 2- Quais os três grandes desafios da Europa no curto prazo? 3- Como é que vê a economia Europeia no Futuro, frente aos novos futuros porderes (China, Brasil)?
Antes de mais, agradecer o tempo disponibilizado para responder aos alunos da UV2010. Gostava de saber qual é a Europa qua a sua geração está disposta a deixar à nossa geração? Que papel querem cumprir?
Foi o primeiro português a chegar tão importante cargo, desde já os meus parabéns! Sente que o facto de ser português foi de um fácil consenso dentro dos Membros da UE? Como são os portugueses vistos na UE?
Na sua opinião, deverá a Comissão Europeia manifestar o seu parecer no que concerne às medidas aplicadas pela França em relação à comunidade cigana, nomeadamente no que respeita aos valores que estiveram na génese da União Europeia?
Considerando que actualmente Portugal sofre de um grave problema de falta de competitividade internacional, quais devem ser as medidas mais urgentes a implementar para Portugal recuperar o crescimento económico e posição de destaque a nível internacional e no contexto Europeu.
Já há algum tempo que a Turquia mostra vontade de integrar a União Europeia. Que mudanças terão que acontecer tanto dentro da UE como da própria Turquia para que isso aconteça?
Imaginava que quando foi para a Presidência da Comissão Europeia, Portugal começaria a entrar em sucessiva decadência e o crescimento económico decrescesse ano após ano?
A minha questão vai ao encontro da agenda politica mediática, como prevê a UE fazer face às actuais medidas que estão a ser tomadas em alguns países europeus relativamente ao emigrantes? Quais as medidas e soluções possíveis? Obrigada!
O que é que a UE pode e pensa fazer no sentido de refrear a potência alemã ao nível das suas exportações? E que Alemanha é esta que aumenta o PIB sem se preocupar com os outros países da UE?
Dadas as suas funções enquanto Primeiro-Ministro português e, actualmente, como presidente da Comissão Europeia, que caminhos aponta para países com problemas socio-económicos profundos, como o nosso, para os ultrapassar e haver mudanças de índole estrutural?
Acha que pela tendência crescente, na transferência vertical de políticas num sentido "top-down", a UE caminha para a absorção total da soberania dos Estados-membros?
No Campeonato do Mundo de Futebol da África do Sul três equipas do Velho Continente ficaram no Pódio. Será que um resultado semelhante é possível nos campos da política e da economia internacional?
Durante a manhã, a UV debruçou-se nos desafios de hoje com que o Mundo tem de lidar. A orientação da aula levou-nos a concluir que as incertezas imperam em todo o globo e que a UE estará provavelmente a tomar prioridades que hoje deveriam estar, não em primeiro, mas sim em segundo plano. Não deveria a UE focar-se completamente em enriquecer o Velho Continente, para depois lidar com a vertente social e as consequências demográficas para as quais já não há prevenção? Ou já estaremos a caminhar nesse sentido?
Sem pretensão de antecipar o seu discurso de dia 7 de Setembro sobre o Estado da União. Qual considera ser a principal prioridade política do executivo comunitário para os proximos meses?
Poderá a economia europeia competir com os mercados emergentes (BIRC), onde as condições laborais são radicalmente distintos das verificadas na U.E., sem adoptar medidas proteccionistas?
Quando se tenta evoluir e adaptar a economia à nova realidade, o Partido Socialista recorre frequentemente ao chavão demagógico neo-liberalismo. Como explicar aos portugueses a necessidade de mudança? Que bons exemplos temos na Europa?
Actualmente tem mais certeza da decisão tomada, em 2003, aquando de assumir o papel de Presidente da Comissão Europeia, quer a nível pessoal, quer ao nível do nosso país?
Face a todas as mudanças ocorridas a um nível global, pensa que o futuro da União Europeia passa pela simplificação e desburocratização da sua estrutura e funcionamento?
Tendo em conta o séc. XXI e com ele novas ameaças à properidade europeia, admite um reforço dos laços dos países da UE, a nível da segurança e das forças armadas ?
Sendo o trabalho no Parlamento Europeu essencial e de grande importância para o planeamento estratégico do rumo da U.E., e por sua vez os países que fazem parte, por que continuamos a assistir alguma falta de interesse da população portuguesa sobre o que é debatido no P.E.?
Como encara os desenvolvimentos dentro das fronteiras francesas confrontadas com os fundamentos basilares da Comunidade Europeia e em que medida isto condicionará a abertura da UE a outros países como a Roménia?
A temática do Direito Internacional Europeu tem sido muito discutida ao longo dos últimos anos e as Instituições Europeias detém cada vez mais competências. Até que ponto os interesses nacionais podem inviabilizar o desenvolvimento de um direito internacional europeu, supranacional, e por sua vez, o desenvolvimento da União Europeia?
Tendo em conta as alterações da economia que estão a ter lugar, considera que a UE e os seus paises terão a capacidade para se reformar internamente e manter-se com os mesmos princípios, valores e funcionamento actuais?
A União Europeia tomaria (ou vai tomar) as mesmas medidas que tomou contra a Golden Share da PT em relação a outras GShare (e instrumentos afins) em outras empresas "campeãs nacionais" da Europa? (VW, ENEL)
Portugal não conta hoje com alguns instrumentos de regulação macroeconómical que contou outrora (cambial, alfandegários, etc.) em virtude da entrada na União Europeia. Neste momento de crise "global" a recuperação de alguns países não pode estar mais condicionada? De que forma a UE pode ser "útil" na sua recuperação (p.ex. Portugal)?
Na década de 70, o então Secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger perguntou a propósito do projecto europeu com quem falaria se quisesse ligar para a Europa. Hoje em dia que resposta lhe daria? Há de facto um alto-representante com legitimidade para "atender o telefone", não havendo, está nos horizontes da União que essa figura surja, ou é uma voz a que os 27 membros não estão ainda prontos para ouvir ou confiar as suas decisões e inquietações?